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O que são healthtechs e por que estão ganhando o mercado?

As healthtechs são empreendimentos tecnológicos que viabilizam e facilitam o acesso e a gestão da saúde, e se configuram em uma grande tendência para os próximos anos.

Saúde é uma das principais preocupações contemporâneas, afinal, além de garantir qualidade de vida e bem-estar à população mundial, é um dos fatores essenciais de mensuração do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Estados e nações.  

Sendo assim, a má qualidade da gestão, atendimento e serviços, a precariedade de recursos, a burocratização e lentidão dos processos, a imprecisão de diagnósticos, os altos custos do acesso privatizado e a escassez de infraestrutura e profissionais qualificados se impõem como grandes barreiras ao progresso coletivo e tornam o segmento – principalmente em países periféricos – caótico e desesperador. 

É neste cenário, e com estas dificuldades e problemáticas em mente, que o mundo viu ascender, a partir de 2010, as healthtechs: startups capazes de propor soluções arrojadas, revolucionárias e tecnológicas para o setor de saúde.  

Estas empresas – que se dividem em modelos de negócio B2C (atendendo pacientes diretamente) e B2B (fornecendo suporte para clínicas, hospitais, laboratórios e ambulatórios) – vêm despertando a atenção de investidores. 

Segundo relatório do Mercom Capital Groupas healthtechs chegaram a receber, só em 2019, cerca de $ 9 bilhões em aplicaçõesEste capital foi distribuído entre 615 negócios, dos quais 40% eram startups B2B e 60%, B2C.  

Vale à pena ressaltar o imenso potencial de expansão destas iniciativas: apesar de sua recente aparição no mercado financeiro, já foram identificadas 36 unicórnios entre elas, de acordo com um relatório do Distrito HealthTech Report.  

 

O que faz uma healthtech? 

As startups healthtechs têm como principal objetivo acelerar a solução de problemas na área da saúde, sanando carências de forma simples, criativa, prática e barata. Seus sistemas repararam erros, aprimoraram gestões e procedimentos, agilizam atendimentos, monitoraram pacientes, antecipam diagnósticos e aumentam sua precisão, previnem doenças, informam e registram históricos e tratamentos, entre outros. 

Estas startups, que atuam, de forma geral, por meio de aplicativos, são disruptivas e inovadoras e estão revolucionando o atendimento médico ao democratizar e melhorar o acesso à saúde usando a tecnologia como sua principal ferramenta. Sem dúvidas, uma mão na roda para prestadoras de serviços e pacientes/usuários.  

Healthtechs no Brasil 

No Brasil, as healthtechs encontram um cenário pra lá de promissor: o país é o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo maior do mundo. Segundo dados da Startup Genome, nossos gastos com saúde privada giram entorno de $ 42 bilhões por ano. E as adversidades enfrentadas pelo sistema público são tantas e tamanhas que estas startups se apresentam como excelentes alternativas à precariedade imposta à população. Não é de ser espantar, portanto, que economistas projetem expectativas de protagonismo liderança mundial para o Brasil neste mercado.  

De 2014 para 2019, tivemos um crescimento de 141% do setor e, atualmente, contamos com 386 healthtechs: 60,6% concentradas na região Sudeste e 28,7%, na região Sul. 

As análises de conjuntura são, como já dissemos, prósperas e favoráveis: o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), por exemplo, estima que o setor lucre de 50 a 200 bilhões de dólares até 2025.  

Estas previsões tornam o investimento em aplicativos de tecnologia no setor de saúde uma grande tendência para os próximos anos e antecipam uma nova forma de nos relacionarmos e buscarmos atendimento médico; mais assertiva e acessível, definitivamente.  

 

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